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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Urban Sketchers em Lisboa

por migalhas, em 29.01.12

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Urban Sketchers em Lisboa - Desenhando a Cidade - Urban Sketchers in Lisbon - Drawing the City
Coordenador: Eduardo Salavisa

 

Cerca de duzentas pessoas de mais de vinte países encontraram-se em Lisboa com o único intuito de desenharem e falarem sobre desenho. Dezoito espaços no Chiado e zonas envolventes foram objecto da observação e do registo por parte dessas pessoas, que usam regularmente o caderno como suporte para este tipo de desenho. Este desenho, essencialmente de observação foi também motivo de reflexão por desenhadores experimentados.

O livro é o resultado dessa troca de experiências.

infligida (em génese)

por migalhas, em 24.01.12

dor

que o gume afiado da navalha reclama vitória sobre a ferida infligida

estéril

que o castigo é coisa impune, que ao longe se esbate

tão leve, tão breve

que nem cinzas

e então a suspeição

igualmente breve, como se neve

imaculada, como se essa mesma neve

aos teus ouvidos segredada

no degredo de quem julga que não foi nada

senão dor de passagem


© Copyright Migalhas (100NEXUS_2012)

o meu primeiro original de 2012

por migalhas, em 17.01.12

pendentes

de onde provém essa delicada ternura

essa centelha de doce melancolia que esbarra no âmago deste meu ser

que consternado se deita e sonha

qual renegado agastado

qual despojado dos seus bens, do seu mais que tudo

dessa vida de faz de conta, de parece que vai ser e depois

e depois demora

a acontecer, a fazer crer que se ergue titânico empreendimento e depois

e depois demora

faz-se tarde a hora em que se deseja tudo

se pode tudo

se exige tudo

e um nada arrepiante

um passo adiante para dois sem norte

que esta espera é pior que a da morte

na ânsia desmedida de quem já só grita e desespera

que esta espera não é proveitosa

antes uma facada contundente

neste emergente coração pendente

assim sempre, sempre

 

© Copyright Migalhas (100NEXUS_2012)

tudo o resto que é tudo

por migalhas, em 05.01.12

É nas palavras que me refugio

Nesse amontoado de tanta coisa

Composição de passo terno, legado eterno

 

Avassalador Adamastor, monstro esguio, fugidio

Lago de lava, caldo em brasa

Espigão afiado que se perfaz nosso fado

 

Diz-se destino, ri-se na nossa cara, gela-nos as veias

Soma-nos máscaras às que já pesam e nos vergam

 

(...)

 

para a leitura integral deste meu poema "tudo o resto que é tudo", integrado na rubrica Rima-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 49 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.

pedaços de mim

por migalhas, em 03.01.12

"Findo o banho matinal, tudo parecia envolto na normalidade de que sempre se reveste este momento diário. Puxei da toalha que repousava no respectivo toalheiro e coloquei-a sobre os ombros, secando-me de seguida. Foi então que, ao preparar-me para abandonar o espaço da banheira, assisti estupefacto à insólita separação do meu braço esquerdo do corpo a que sempre pertencera. Pelo menos desde que tenho noção do meu corpo como um todo, constituído por uma cabeça, tronco e alguns membros, dos quais o tal braço que agora se tornara autónomo. Não totalmente, pois não apresentava vida própria. Apenas se separara do corpo e ali repousava a meus pés como uma mera peça isolada. Sem reacção possível, fiquei a olhá-lo fixamente e a pensar que raio havia proporcionado semelhante coisa. Seria do champô? Mas para isso teria caído a cabeça e não um dos braços. Seria do gel de banho? Olhei para o rótulo e pude comprovar a quantidade exagerada de químicos que são adicionados ao que supostamente deveria ser apenas um líquido de limpeza com um certo e determinado aroma. Até poderia ser do gel de banho, mas já o usara tantas vezes..."

 

(...)

 

para a leitura integral deste meu conto "pedaços de mim", integrado na rubrica Inventa-me da edição nº 4 da REVISTA-ME, visitem a morada http://issuu.com/edita-me/docs/revistame04 e procurem pela página 146 da mesma. encontram lá o meio e o fim, do que aqui teve início. espero que gostem.