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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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3 meses

por migalhas, em 27.02.06
E já lá vão 3 meses desde o nascimento da pequena Sara. Agora já não tão pequena, já não recém-nascida, mas mais condizente em tamanho e peso com a idade que apresenta. Parece de facto que foi ontem, usando uma frase muito batida mas que reflete na perfeição a realidade. 3 mesitos que voaram sem sequer darmos por eles. Parabéns miúda. Continua assim, para alegria dos teus papás.

Mil milhões!

por migalhas, em 24.02.06
A famosa loja online de música iTunes, da não menos famosa Apple, anunciou ontem, quinta-feira 23 de Fevereiro, a venda da canção número mil milhões. O autor da proeza foi um norte-americano cheio de sorte que ao adquirir online o tema «Speed of Sound», dos Coldplay, ganhou o tentador prémio que estava em jogo, ou seja, um iMac de 20 polegadas, dez iPod vídeo de 60GB e um vale de 10 mil dólares para gastar na própria loja virtual, pagando um dólar por canção descarregada. Um feito, se considerarmos que esta marca agora atingida ocorre apenas três anos após a estreia da loja. O facto valeu a criação pela Apple de uma bolsa de estudos com o nome do feliz vencedor, na conhecida Juilliard School of Music. A Apple iniciou os serviços do iTunes nos EUA em Abril de 2003 e, desde então, a loja online já chegou a 21 países, tendo causado uma autêntica revolução na forma de consumo da música. A prova de que a transição do CD para a Internet é uma realidade cada vez mais evidente, naquilo que será o futuro na distribuição de música em todo o mundo.

Nova etapa

por migalhas, em 23.02.06
Hoje despeço-me dos trinta. Foi uma década de muitas experiências, muitas vivências, imensas aprendizagens e transformações, que me tornaram naquilo que sou hoje. Tudo teve a sua importância, a sua influência. Cada segundo, cada minuto, cada dia, foram determinantes, numa bola de neve que vem vindo sempre a crescer e, até à data, se mostra imparável. Foi com trinta que casei, foi com trinta que tive uma filha, foi com trinta que cresci como pessoa, ganhei mais maturidade, e aqui vim desembocar. Mas como a vida não pára, sigo agora rumo ao próximo desafio: os quarenta. Amanhã tudo terá ficado definitivamente para trás. Tudo passará a fazer parte apenas das memórias, das lembranças a que recorrei com saudade de cada vez que delas necessitar para ganhar novo alento. Preparo-me para enfrentar o desconhecido. Algo de que, até agora, apenas ouvi falar. Não espero grandes mudanças logo nos primeiros tempos, mas sei que as irei encontrar ao longo de um extenso caminho que levará uma década a percorrer. Não sei se o percorrerei até ao fim, nem aquilo com que contar, mas tenho esperança de que será uma viagem mais calma, mais sensata, mais ponderada, menos atribulada, mas sempre entusiasmante e repleta de novas descobertas. Pois só assim concebo cada nova aurora, numa contagem que será sempre a soma de mil sensações, de mil desejos, de infindáveis prazeres. Sinto-me à beira de uma enorme floresta cerrada, minúsculo perante as gigantescas árvores que se perdem de vista nos céus que escondem de quem ouse aventurar-se por entre elas. Sinto-me a instantes de começar uma nova etapa, de dar o primeiro passo, como o que pela primeira vez dei há muitos, muitos anos atrás. Impotente face ao que irei encontrar do lado de lá, no momento em que penetre esse espaço ainda por explorar. Com que monstros me irei deparar? Ou novas sensações irei experimentar? Levo comigo a experiência e a sabedoria acumuladas, mas também a curiosidade, a incerteza. Levo tudo aquilo que ganhei em trinta anos e que julgava ser muito, ou pelo menos o suficiente. Só que agora, nos instantes que antecedem esta nova partida, tudo parece transformado em nada. Vejo-me subitamente despido do que tinha, ou julgava ter, para vir a ser bem sucedido. Desarmado tão nas vésperas de enfrentar esta nova etapa da minha vida, questiono-me e não encontro respostas. Lá mais para diante, como até aqui, certamente. Vivendo um dia de cada vez e retendo o que me for sendo oferecido. Depois logo se vê. Agora vou, com a única certeza que, de momento, se me apresenta: de que, amanhã, já terei atravessado a linha que me mantinha para cá da floresta cerrada. Que mesmo receoso, duvidoso ou ignorante, terei dado início a uma nova jornada na minha vida. Para o bem ou para o mal.

Sexo em Portugal

por migalhas, em 17.02.06
A dar ouvidos àquele que é já considerado o estudo mais importante sobre sexualidade realizado em Portugal nos últimos anos, ficamos a saber aquilo de que, até aqui, apenas se desconfiava: a existência de uma diferença marcante entre a realidade da sexualidade feminina e aquilo que os homens pensam dela. Exemplo disso mesmo, é o facto de 32% das mulheres afirmarem sofrer de dificuldades no orgasmo, sendo que apenas 24% dessas são detectadas pelos homens. Daqui se conclui estarmos, uma vez mais, perante a velha questão dos orgasmos simulados, aqui contabilizados nuns relevantes 8%! Ou seja, andam para aí muitos homens que nem desconfiam de que as respectivas parceiras viram, adoraram e recriam amiúde o filme “When Harry Meet Sally”, em particular a inesquecível cena em que Meg Ryan finge, alto e a bom som, um orgasmo em pleno restaurante, para surpresa de todos os presentes. Como se estes valores não fossem já de si relevantes, fica ainda a constatação de que apenas 23% dos homens dão conta de dor ou desconforto na respectiva parceira durante o acto sexual, quando na verdade são bem mais as que se queixam do assunto, 34%. Sem querer estar a defender a ideia de que o sexo vive ou depende do uso intensivo da língua (embora esta possa ser utilizada de muitas outras formas aquando do acto), sei que na mente de muito gajo que por por aí circula tudo se resume a muita acção e poucas palavras, o que talvez justifique a flagrante falha de comunicação entre os casais. Embora 59% das mulheres contradiga esta ideia, afirmando que conversa sobre o assunto com o seu parceiro, a verdade parece querer transmitir o oposto. Uma evidente discrepância de valores, a merecer a atenção de quantos dedicam algum tempo da sua existência a esta actividade avassaladora, quando jogada a dois com as mesmíssimas armas e trunfos. Pois parece-me a mim que estamos face a uma das últimas coisas boas que ainda nos é permitido fazer sem limites de tempo ou de frequência, sem pagamento de imposto ou taxas adicionais e que, pasme-se, não contempla qualquer contra indicação para a nossa saúde, antes pelo contrário. Convém por isso preservar este bem que, já há quem diga, de futuro será meramente virtual. Dá para imaginar? Também me parece que não.

Brincadeiras de criança

por migalhas, em 14.02.06
É impressão minha ou este mundo, nomeadamente as pessoas que nele habitam, está a ficar realmente de loucos? Então agora, esgotadas todas as ditas artes de guerra e formas mais ou menos ortodoxas de provocar o inimigo, recorre-se àquilo a que já nem as crianças ligam nenhuma? Falo dos desenhos, neste caso de cartoons, feitos com intenção de provocar, ferir susceptibilidades e, em último caso, provocar a ira em forma de conflito. Bem sei que todos somos livres de nos expressar abertamente - para tal reina a democracia na maioria do globo - e que já tanto foi dito e escrito sobre o tema da religião, nas suas várias vertentes. Não passava era pela cabeça de ninguém – nem mesmo do cartoonista dinamarquês responsável pelos polémicos cartoons sobre o profeta Maomé – que em pleno século XXI o fanatismo religioso das nações árabes fosse ainda intocável e tão susceptível a certas situações. É só um cartoon, tenham dó! Se de cada vez que a publicação de um cartoon que visasse uma figura de vital importância do mundo de ontem ou de hoje gerasse reacções como aquelas a que se assistiram, então estou certo de que há imenso tempo que o planeta tinha já sido devastado por incontáveis conflitos armados. Não que o panorama real seja muito diferente ou que não se acabe mesmo por chegar a esse mesmo fim. Parece é que, agora, tudo serve para despoletar o ódio entre as nações, entre os povos, entre as religiões. Não estou a defender, nem a criticar. Estou a dizer que se respeite os ideais e convicções de cada um – afinal havia tanto tema para brincar, logo ele foi escolher este tão potencialmente incendiário -, sejam elas quais forem e a que níveis forem, mas reservando uma margem que garanta a liberdade de expressão e de opinião, caso contrário não sei onde isto vai parar. Entretanto o Irão resolveu ajudar à festa e publicou num dos seus diários nacionais um cartoons cáustico em relação ao holocausto. A Áustria insurgiu-se de imediato contra e de arrasto irá certamente o resto da Europa e os americanos, mortinhos que estão por deitar a mão ao mais recente líder daquela nação árabe. Das duas, uma: ou estamos a entrar numa fase de maior criatividade no despoletar de conflitos a nível global, ou estamos com falta de ideias e recorre-se a brincadeiras de criança, em que cada um mostra os desenhos que fez ao adversário e tenta assim ganhar o seu ódio. Seja de que maneira for, pena é que o resultado seja sempre o mesmo: a guerra. Ao menos que fizessem um campeonato de futebol entre europeus e árabes – a ideia não é minha, é do nosso ministro dos negócios estrangeiros – de modo a “aproximar civilizações”. Quem sabe resultasse e fosse bem mais proveitoso. Desde que a arbitragem não fosse polémica e influenciasse o resultado final, claro.

Capa de revista

por migalhas, em 10.02.06
Aviso à navegação masculina, em particular àquela facção sempre interessada e deslumbrada com os raros espécimes do sexo oposto, o chamado belo sexo, que teimam em dar cabo da nossa postura, da nossa sanidade mental. Esta notícia é de facto uma bomba e de tão recente ainda me chamusca as mãos trémulas. Soube de fonte fidedigna que Scarllet Johansson e Keyra Knightley surgirão nuas - sim leram bem, nuas como vieram ao mundo mas agora mais crescidinhas e por isso mesmo também mais interessantes - na capa da Vanity Fair. As actrizes Scarlett Johansson e Keira Knightley – nunca é de mais repetir os seus nomes para evitar confusões - aceitaram a proposta da fotógrafa Annie Leibovitz para uma sessão de nus e o resultado deverá ser capa da revista Vanity Fair, numa edição especial sobre Hollywood. Por amor de todos os deuses não se atrevam a falhar este número desta consagrada publicação. Sob perigo de o sol deixar de nos brindar com a sua presença, a lua deixar de brilhar e as estrelas de cintilar. Para que o dia continue a ser dia e haja uma motivação válida para continuarmos esta nossa peregrinação por este belo planeta, corram às bancas e esgotem esta edição memorável. Deliciem os vossos globos oculares, retenham-nas nas vossas retinas, chamem-lhes meninas dos vossos olhos. Idolatrem-nas, coloquem-nas num pedestal e acendam uma velinha todas as noites em louvor da sua beleza. Agradeçam numa prece ao deitar a sua existência. Beijem o chão que elas pisam, já que não nos é permitido beijar mais nada. E para rematar com a dita chave de ouro, num acto quase comparável ao mais intenso orgasmo alguma vez imaginado, consta ainda que a inqualificável Angelina Jolie também acedeu a participar. Dá para imaginar? Será de mim ou o chão foge-me bem por debaixo dos meus pés? As tonturas crescem de tom, a baba não se contém e escorre em cascata rumo ao soalho. Vamos a elas? ‘bora lá, cambada de ressabiados!

I'm back!

por migalhas, em 09.02.06
Após uma ausência forçada de quase um mês - não digo que seja inédito neste meu espaço, mas seguramente andará lá perto - eis que volto a estas lides da escrita. O joelho, agora reduzido a meio menisco, já me permite andar exclusivamente pelos meus próprios meios, facto que aproveitei para regressar ao local de trabalho. 3 dias depois, já estava a fazer uma noitada que me custou as primeiras cinco horas do dia em que escrevo estas palavras. A essas cinco horas acrescento mais meia, quarenta minutos, coincidentes com o fim da primeira refeição da minha pequenota, que fez assim questão em receber-me, não de braços, mas de goela aberta, em plena madrugada. De volta ao período de ausência, várias foram as vezes em que pensei escrever qualquer coisa neste meu recanto da Wide World Web, mas reverti essa vontade para, o que espero venha a ser, o meu próximo romance, a que assim dei algum adianto. Não é nada fácil escrever e trabalhar da forma intensa e sem horários com que o faço. Razão por que desconfio daquilo que há tempos ouvi da boca do autor de um dos livros mais vendidos dos tempos mais recentes, o "Codex 632". Dizia ele que se comprometia a escrever, pelo menos, uma página do livro por dia. Mas como, pergunto eu? Ou ele tem uma actividade pouco exigente a nível de horários, o que lhe permite esta disponibilidade, ou não tem filhos pequenos, o que lhe acrescenta mais disponibilidade, ou então não prega olho de noite, o que então lhe dá toda a disponibilidade do mundo para a escrita. Eu não consigo. Mesmo quando disponho de algum tempo extra logo surgem mil e uma coisas que se sobrepõem e me roubam a oportunidade, quanto mais assim. Mas vamos tentando. Até porque estou "com ganas" como dizem os "nuestros hermanos" e penso que este pode ser um passo à frente em relação àquilo que fiz até agora. Isto se não contar com o último projecto que tenho já terminado há bastante tempo, o qual também já envereda por este estilo mais misterioso, mais "noir", de que gosto de sobremaneira. É um projecto que teimo em manter no segredo dos deuses e a que, por enquanto, apenas uma pessoa teve acesso. Passei-lhe os olhos recentemente, só para o recordar, e fiquei ainda mais convencido de que pode estar ali algo bastante interessante. É claro que, como pai da criança, posso estar a ser vítima desta estreita relação e devido a ela estar a ver cavaleiros em armaduras brilhantes onde apenas existem banais moinhos de vento. Talvez se alguém lhe pegasse e arriscasse uma publicação, conseguisse esclarecer esta minha dúvida. Enfim, resta-me aguardar que também é uma virtude. Agora vou, pois tenho mais anúncios necessitados das minhas ideias para saírem para o fresco da rua. Conto voltar com mais assiduidade, agora que tudo parece querer voltar à normalidade. Até lá então.