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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Entre as pernas

por migalhas, em 10.01.06
Este artigo, se isso lhe pode chamar, serve hoje, apenas e só, para partilhar convosco uma pequena contrariedade do meu percurso. Darei mais logo - 20h30 - entrada no Hospital José de Almeida, Unidade D, em Carcavelos, para ser sujeito, no dia seguinte, a uma artroscopia ao joelho esquerdo. Uma lesão contraída faz agora cerca de um ano, lá para os lados da Assafora, Sintra. Daí para cá, nunca mais fui o mesmo do meio das pernas. Dos joelhos, entenda-se. Guinadas, inchaços, dores e estalidos vários, foram compondo o ramalhete de sintomas que indicavam que algo não estava normal, lá mais para sul da minha pessoa. Feitos vários exames - e nisto tudo andei cerca de 9 meses, o mesmo tempo de que a minha filha precisou para se formar - só o último, a ressonância magnética, detectou o problema: ruptura do menisco. Bolas! E eu a pensar que só os Mantorras da vida é que sofriam destas merdas! A culpa deve ter sido dos 4 anos de squash. Só pode. Bem me diziam que este era o pior dos desportos para os joelhos. A par do esqui, que, por acaso, também pratico amiúde. Mas enfim. Agora estou a cumprir o meu derradeiro dia de trabalho, após o qual me apresentarei no hospital de que falei antes, para ser remendado e voltar a ficar impecável entre as pernas. Que é como quem diz, de joelho novo. Assim o espero. Seguem-se 15 diazitos de um mix de exercícios vários e algum repouso, para que possa voltar à actividade (seja ela qual for) o mais rápido e eficazmente possível. Não é o princípio de ano que esperava, mas ele há coisas bem piores. Imaginem que tinha um problema entre as pernas, só para citar um daqueles que mexe mesmo com um gajo. Era bem pior. Enfim... Quando estiver de volta aos artigos, já a tempestade terá passado e apresentar-me-ei então já vestido à Bonanza. Até por que vem aí o Carnaval e a vida são dois dias. Até lá, então. E boa sorte para mim.

Adeus

por migalhas, em 06.01.06
Publica-se hoje, dia 6 de Janeiro de 2006, o último número (nº 475) do Dna, o suplemento de sexta-feira do Diário de Notícias. Escassos nove anos após o seu nascimento, é com alguma mágoa que vejo terminar mais um capítulo do que de muito bom se faz por estas paragens. Tudo o que começa tem um fim. É a mais pura das verdades. Mas terá esse fim necessariamente de se aplicar às melhores coisas da vida? Claro que sim. Aliás, e por norma, são essas as mais efémeras, as que mais prematuramente vêem chegada a sua hora, quantas e quantas vezes ainda com tanto para dar. Um projecto destes merecia mais. Mais tempo, mais apoio, mais dedicação de quem nele apenas procurou o lucro. Este é o tipo de projecto que deveria ser acarinhado, incentivado e nunca morto, praticamente à nascença. Claro que é apenas um capítulo de escassos nove anos na vida de um jornal com 140, como diz Pedro Rolo Duarte na sua derradeira crónica. Claro que outros começos se anunciam e são esses que devem ser saudados. Concordo. Só discordo no facto de a vida de uns projectos estar dependente do óbito de outros. Outros como este. Único, de valor incalculável, de uma importância que deixa uma lacuna difícil de preencher. Mesmo por esses novos nascimentos que se anunciam. Não me parece que Portugal ganhe com esta decisão, a todos os níveis, polémica. Enquanto respirou, o Dna foi uma referência não só a nível interno, mas também fora de portas. Algo que se traduziu num número recorde de prémios de todos os géneros, de que poucas publicações nacionais se podem orgulhar. Embalados por um design gráfico irrepreensível, encontrámos durante nove anos artigos de excelência, crónicas imperdíveis, fotografias soberbas, entrevistas sempre oportunas e uma informação didáctica só possível graças à humildade de que deve sempre ser feito o jornalismo. Tenho pena de o ver partir. Assim como tenho pena de ver partir outra grande publicação de referência que é a Grande Reportagem. É uma semana negra para o jornalismo nacional. Depois do desaparecimento de Carlos Cáceres Monteiro, igualmente um nome maior do jornalismo, fica ainda marcada pelo fim já anunciado destas duas publicações. Que ricas entradas! É caso para perguntar: será que mesmo fazendo o melhor trabalho possível, por todos reconhecido e até premiado, não chega? Pelos vistos no nosso país não. É pena. Pois quem paga são os apreciadores da qualidade. Uma espécie em vias de extinção, neste nosso Portugal dos pequeninos.

Erros na 7º Arte

por migalhas, em 05.01.06
Da mesma forma que existe quem adore o cinema apenas pelo cinema, também há aqueles que, indiferentes ao facto de que errare humanum est, se dedicam a encontrar os erros presentes em cada filme, fazendo disso praticamente objectivo de vida. Desta forma, foram agora anunciados os filmes mais afectados por gafes várias no passados do ano de 2005, onde se incluem falhas de continuidade, erros de adereços ou os mais gritantes lapsos, imediatamente visíveis até ao mais incauto e desatento dos observadores. Segundo o site www.moviemistakes.com, especializado neste tema que faz as delícias de alguns cinéfilos, o ano agora findo foi pródigo em muitos e graves erros, que somados deram origem a uma extensa lista de que aqui deixo apenas os 20 mais. Engraçado é constatar que, na sua maioria, são filmes de grandes e consagrados realizadores os que aqui se encontram. Será que andam a fazer filmes à pressa e não lhes dão a devida atenção? 142 erros no episódio III da Guerra das Estrelas? 111 na Guerra dos Mundos? Só nestes dois exemplos, 1º e 2º lugares do top, estamos na presença de George Lucas e de Steven Spielberg. Será caso para perguntar se já nem os monstros têm brio naquilo que fazem. Deixo a questão e proponho uma visita ao site supracitado, se quiserem saber que outras obras figuram no top e que para sempre ficarão manchadas por esta praga dos erros. Se não, vão até ao cinema e tentem descobri-los vocês mesmos.

1º Star Wars: Episode III - Revenge of the Sith - 142
2º War of the Worlds - 111
3º Harry Potter and the Goblet of Fire - 66
4º Constantine - 66
5º King Kong - 44
6º The Crow: Wicked Prayer - 41
7º The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe - 38
8º The Amityville Horror (2005) - 33
9º Miss Congeniality 2: Armed and Fabulous - 27
10º Mr. and Mrs. Smith - 25
11º Cheaper by the Dozen 2 - 22
12º Sin City - 21
13º The Interpreter - 20
14º Monster-in-Law - 20
15º Are We There Yet? - 19
16º Assault on Precinct 13 (2005) - 18
17º The Dukes of Hazzard - 18
18º Rent - 18
19º Fantastic Four - 16
20º Charlie and the Chocolate Factory – 16

A biblioteca de Kafka

por migalhas, em 04.01.06
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Estive em Praga há coisa de 4 anos (se não me falha a memória) e tive então o privilégio de visitar a casa onde viveu Kafka e onde escreveu grande parte das suas obras. Na altura pude constatar as condições em que viveu este ilustre homem das letras e devo dizer que fiquei algo impressionado. Não contava com um espaço tão exíguo, uma habitação tão humilde e sem a presença de qualquer luxo, limitando-se a pouco mais do que a área de uma das pequenas divisões que hoje compõem qualquer apartamento dos nossos dias. Viveu carenciado, passou sérias dificuldades, foi um cidadão que sofreu na pele o rigor da época, o que talvez justifique a forma como transpôs para os seus textos o que lhe ia na alma. Mas adiante. O que aqui quero deixar hoje é algo que me agrada de sobremaneira, talvez por que tive contacto directo com o espaço onde ele se moveu. A notícia de que a Biblioteca de Franz Kafka foi reconstituída em Praga. Reconstituída de forma fiel, na mesma casa que o escritor habitava em Praga, a mesma que eu visitei aquando da minha estada na capital da República Checa. Em tempos reunida pelo alemão Herbert Blank, a colecção de livros de Kafka foi posteriormente adquirida pela Porsche, tendo a marca de automóveis doado toda a obra à Fundação Kafka, em Maio de 2002. Esta regressa agora ao seu local de origem, estando os 901 títulos em exposição ao público. Quem me dera voltar agora a Praga para revisitar a casa de Kafka. Desta vez com os livros que lhe serviram de leitura e de alento nas horas que ali passou, entregue apenas a si e à sua escrita.

As 500 mais de sempre

por migalhas, em 03.01.06
Uma sondagem conduzida pela Virgin Radio junto de mais de sete mil ouvintes britânicos, no período que mediou entre o Natal e a noite de fim-de-ano, deu a conhecer quais as 500 canções mais preferidas de sempre por esta nação, provavelmente a que mais contribuiu, e continua a contribuir, para o rico espólio musical universal. No ano em que se comemoram 25 anos sobre a sua morte, John Lennon vem provar precisamente o contrário: a sua imortalidade. Inesquecível, a sua obra perpetua nos corações dos ingleses que assim o elegeram como nº1 das suas preferências, com o tema “Imagine”. Com um total de 33 músicas, os Beatles, grupo “da casa”, lideram o ranking de artistas com maior número de canções entre as 500 eleitas. Seguem-se os Rolling Stones, com 17 canções, e os U2, com 15, logo seguidos de David Bowie e dos Queen, ambos com 14 temas. Ficam aqui os 20 mais. Quem tiver interesse noutras curiosidades ou em analisar quais os restantes temas constantes desta extensa lista, é só dar um saltinho a: http://www.virginradio.co.uk/music/top500/vote.html
Que é como quem diz, nada melhor para começar o ano do que uma dose de excelente música.

1 JOHN LENNON
Imagine
2 THE BEATLES
Hey Jude
3 THE BEATLES
Let It Be
4 U2
One
5 ROBBIE WILLIAMS
Angels
6 QUEEN
Bohemian Rhapsody
7 LED ZEPPELIN
Stairway To Heaven
8 THE POLICE
Every Breath You Take
9 THE EAGLES
Hotel California
10 JAMES BLUNT
You're Beautiful
11 THE ROLLING STONES
I Can’t Get No Satisfaction
12 THE BEATLES
Yesterday
13 REM
Losing My Religion
14 GUNS N ROSES
Sweet Child O Mine
15 U2
With Or Without You
16 ROD STEWART
Maggie May
17 BOB MARLEY
No Woman No Cry
18 OASIS
Wonderwall
19 THE BEACH BOYS
God Only Knows
20 THE KINKS
Waterloo Sunset