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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Afinal, está tudo no cérebro

por migalhas, em 19.08.05
Os homens constantemente acusados de nunca ouvirem as mulheres, têm agora uma desculpa válida. Segundo descoberta recente publicada na revista especializada NeuroImage, as vozes delas são mais difíceis de suportar pelo ouvido masculino do que as deles. Investigadores da Universidade de Sheffield, no norte de Inglaterra, descobriram marcantes diferenças na forma como o cérebro do homem responde aos sons masculinos e aos femininos. Segundo o estudo, para decifrar as vozes femininas o homem faz uso da parte auditiva do cérebro, a mesma que é usada para processar a música, enquanto que as vozes masculinas são processadas por um outro mecanismo, muito mais simples. Isto porque a voz feminina é de facto mais complexa que a masculina – como tudo o resto nas mulheres, acrescento eu – devido a diferenças, não só no tamanho e forma das cordas vocais e da larínge, mas também devido ao facto de as mulheres possuírem uma melodia natural na voz muito superior à do homem. Tais características originam uma maior complexidade de frequências sonoras, o que contribui para toda a particularidade deste processo. Estas descobertas vêm igualmente ajudar a explicar por que razão as pessoas quando sofrem de alucinações usualmente ouvem vozes masculinas. Parece que o cérebro – essa bela e complexa máquina de que ainda não conhecemos nem uma décima parte - determina que é muito mais árduo para ele evocar uma voz feminina falsa do que uma congénere masculina, optando assim pelo processo mais simples. Muitos serão os homens deste mundo eternamente gratos por este aval científico para algo que, afinal de contas, é, tão só, natural. Quase se pode dizer que nos está no sangue. Está no cérebro. Que, para o caso, é a mesma coisa. Resta agora saber se, como medida de retaliação, as senhoras não vão pegar nesta sua maior complexidade, para nos dizerem que são mais evoluídas, mais elaboradas, blá blá blá. Mas aí a gente dá razão aos cientistas e diz-lhes que, para nosso bem, já não as podemos ouvir. Vamos lá rapaziada! Que, agora, temos desculpa.

Piscadela de olho

por migalhas, em 18.08.05
Atenção à malta que anda sempre a piscar o olho às “gajas”! Sabiam que de cada vez que se pisca os olhos o cérebro perde informação do mundo exterior? Ah, pois é! Esta é a conclusão de um estudo, realizado por cientistas ingleses, que analisou, veja-se bem, o acto de pestanejar. Mas esta malta não tem mais nada que fazer? Adiante. Consta que no nosso organismo, o mecanismo de piscar os olhos, que dura entre 100 e 150 milésimos de segundo, tem a simples função de manter a sua superfície húmida. Como tal, em média, cada pessoa pisca os olhos 15 vezes por minuto. Com o objectivo de descobrir o que se passa no cérebro humano de cada vez que a luz deixa de entrar pela retina, uma equipa de cientistas do Instituto de Neurologia da University College, em Londres, desenvolveu um dispositivo baseado em fibra óptica. Os resultados do estudo, publicados no jornal científico Current Biology, referem que apesar de não se ter consciência das vezes que, por minuto, pestanejamos, existe uma parte do cérebro que é suprimida na altura da escuridão. Os investigadores procuraram descobrir porque razão as pessoas não notam que estão a piscar os olhos e o motivo da impressão de uma "visão ininterrupta do mundo". Para efectuar a experiência, os cientistas colocaram o dispositivo de fibra óptica, desenvolvido especificamente para o efeito, na boca de voluntários que iluminou de forma permanente os olhos através de uma luz vermelha. De seguida, tiveram de colocar uns óculos específicos para medir a dinâmica das piscadelas através de imagens de ressonância magnética. Com este sistema os cientistas puderam analisar a acção do cérebro e compreender quantas vezes se pisca os olhos, mesmo iluminando constantemente a retina. De acordo com as conclusões, as áreas do cérebro envolvidas na consciência visual durante as piscadelas são rapidamente suprimidas, o que pode significar que se trata de um mecanismo neural para prevenir que o cérebro tenha consciência da pálpebra do olho a varrer a pupila durante uma piscadela e de o mundo ficar às escuras. É um facto que notamos imediatamente se o mundo exterior fica escuro de repente, especialmente se isso acontecer a todos os segundos. Mas raramente temos consciência das nossas piscadelas, mesmo pensando que provocamos uma pequena redução da quantidade de luz que entra no olho e isso dá-nos uma visão ininterrupta do mundo. Agora fica ao vosso critério. Se estiverem cansados de ver tanta miséria à vossa volta, pisquem os olhos constantemente. Caso contrário, pisquem-nos só às “gajas” boas que vão encontrando por aí. Elas merecem que o nosso cérebro se desligue à sua passagem.

É de mim ou é do tempo?

por migalhas, em 17.08.05
Sem querer estar a dizer mal do que quer que seja de forma meramente gratuita, coloco aqui uma questão: será que alguém vai dar o devido crédito à invenção de uma mola da roupa inteligente capaz de prever as condições meteorológicas? Antes de falar com a minha mulher-a-dias e saber o que ela pensa realmente sobre este avanço tecnológico adaptado ao nosso quotidiano, coloco aqui algumas reservas quanto ao sucesso deste gadget doméstico. E tudo partiu da cabeça de um artista britânico que, aproveitando a inconstância meteorológica existente na sua cidade-natal, resolveu puxar pela dita em prol da evolução tecnológica. Aplicou microprocessadores no interior da mola a funcionarem por via das diferenças de pressão atmosférica e quando deu por isso esta indicava-lhe se, por exemplo, iria cair água ali pelas redondezas. Mas o melhor ainda estava para vir. Graças a um sistema de bloqueio incorporado, as molitas high-tech não deixam sequer estender a roupa se estiver prestes a chover. O fim das molas de plástico pode estar para breve. E no seu lugar estarão para vingar outras mais evoluídas, com vontade própria e tudo. Quais robôs, qual quê. Ainda acabamos é por ser dominados por molas da roupa sci-fi, que vão decidir sobre o nosso futuro e, mais grave ainda, sobre que roupa é que vamos ou não pôr a secar à janela.

Adeus “escaldões” e sestas na praia!

por migalhas, em 17.08.05
Atenção banhistas militantes: esta invenção é para vós. Um novo biquíni (de seu nome Tan-Timer-Bikini), equipado com um aparelho electrónico que apita de 15 em 15 minutos para marcar a hora dos banhistas se virarem na toalha, foi apresentado na quinta-feira passada na praia de Brighton (sul de Inglaterra). A preciosidade, que será colocada à venda esta semana na rede de lojas de roupa feminina “Newlook” do Reino Unido, prevê uma uma versão masculina, o que já de si é estranho. Pois nunca me passou pela cabeça vir a usar biquíni, mesmo provido de um aparelho capaz de detectar o excesso de sol. Antes o incómodo do típico “escaldão”, do que passar pela vergonha de me confundirem com uma “gaja”, ou coisa bem pior. De acordo com os seus criadores, o «relógio de bronzeamento» visa não apenas assegurar uma cor uniforme, mas também evitar que as pessoas se deixem dormir ao sol, acabando tipo lagostas suadas, vermelhas que nem camarões. O seu preço ronda os 30€ e ainda que a intenção do invento esteja lá, por certo este já não se vai safar do rótulo de “gadget mais estúpido dos últimos tempos”. E com alguma razão. Pois atendendo a que o mesmo foi criado e testado num país onde o sol poucas vezes consegue romper a muralha de nevoeiro que a ele se impõe com hercúlea determinação, desde logo se questiona a sua eficácia face a países como o nosso em que o sol quando nasce é para queimar tudo e todos. Vamos a ver no que dá. Na esperança de que alguns dos aparelhos não apitem que nem despertadores, em plena hora da sesta na praia. Pois nessa altura não responderei pelos meus actos. Se calhar, ainda tenho de reformular o meu plano de férias e trocar o concorrido Algarve pelo Meco. É que pelo menos aí há a certeza de que os ditos despertadores vão ter pouca ou mesmo nenhuma procura.

Férias é connosco!

por migalhas, em 16.08.05
Para quem anda sempre a reclamar que somos terceiro mundistas, que trabalhamos demais ou que somos constantemente explorados pelo patronato, fica aqui uma prova de que, afinal, não é bem assim. Segundo revela um estudo recente divulgado pela AON Consulting - terceiro maior consultor mundial de Benefícios Sociais - os portugueses estão entre o grupo de cidadãos mundiais que mais tempo de férias goza. De acordo com o estudo, os “tugas” usufruem actualmente de 22 dias úteis de férias, período que, segundo a actual legislação, poderá prologar-se por mais três dias de acordo com o nível de absentismo anual de cada trabalhador. Com base numa amostra de trabalhadores em full-time em funções à sete anos, a pesquisa revela que os 25 dias de férias são também gozados na Áustria, Dinamarca, Finlândia, França, Hungria, Luxemburgo, Eslováquia e Suécia. Comparativamente a países como as Filipinas, nas quais o período de férias não ultrapassa os cinco dias, Tailândia (6), Taiwan e Singapura (7), China (10) e Japão (12), Portugal goza o dobro, e em alguns casos até o triplo, do resto da população. Posto isto, quem é que ainda tem lata para se vir queixar de que as férias são curtas?

Pelo nosso planeta

por migalhas, em 12.08.05
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O World Wildlife Fund adverte, apoiado em estatísticas da A&A Economic News Digest, que a população mundial faz actualmente um uso de tal modo exagerado dos recursos do planeta, que ultrapassa mesmo a capacidade deste em sustentar a vida que nele grassa. Por outras palavras, o ser humano consome actualmente 20% mais recursos do que aqueles que o planeta Terra pode gerar. Não são propriamente boas notícias, principalmente no dia de hoje, Dia da Terra. Para além de que dá que pensar. Pensar que estamos literal e deliberadamente a “espremer” o planeta e cada vez ele tem menos sumo para nos dar. Não seria altura de abrandar esta nossa escalada incontrolada, de desfecho mais do que previsível, e pensar um pouco naqueles que hoje nascem e que, por este andar e sem qualquer culpa, irão herdar um planeta moribundo? Penso que por respeito a eles, dever-se-ia, desde já, reduzir a nossa ânsia de querer mais e desejar antes ter menos. Para que possa dar para todos, mesmo para aqueles que ainda vêm a caminho. Ou seremos assim tão egoístas e egocêntricos, que não vemos que tudo o que possa acontecer amanhã só depende do que fizermos hoje? Para alguma coisa somos dotados de inteligência, espírito crítico e pensamento racional. Vamos fazer uso desses nossos atributos e pô-los ao serviço da vida. Nossa e deste planeta que nos acolhe sem nada pedir em troca, senão paz. Fica a esperança de que ainda consigamos ir a tempo de, pelo menos, remediar a situação. Para bem da Terra. Para nosso bem.

Dia da Terra

por migalhas, em 12.08.05
O Dia da Terra, que se comemora esta sexta-feira, coincide, curiosamente, com a notícia de uma possível instalação no nosso país uma central nuclear. Ora aí está uma coisa de que estávamos mesmo a necessitar. Que se lixem os fogos, a falta de água, de escolas, de hospitais, de… tenho de continuar? A justificação para este projecto assenta em exemplos estrangeiros de casos bem-sucedidos, nomeadamente a França e a Finlândia, que conseguiram, segundo os responsáveis do projecto português, reforçar o abastecimento dos respectivos mercados nacionais. A construção de uma estrutura nuclear no nosso país, de acordo com os mesmos, poderia reduzir a dependência do exterior em termos energéticos e ao mesmo tempo ajudar a cumprir o Protocolo de Quioto, no que respeita à emissão de gases poluentes. Isso se a coisa não desse para o torto, algo que seria de todo provável atendendo à nossa apetência para a asneira, e houvesse um descuido de consequências desastrosas como as de Chernobyl, só para referir um exemplo. Querermo-nos comparar a países de facto evoluídos onde as coisas não acontecem por mero acaso, parece-me a mim ser um pouco pretensioso de mais. Ainda se houvesse antecedentes que nos dessem alguma garantia, mas a verdade é que olhamos para o panorama geral e, invariavelmente, ocupamos a cauda da tabela em tudo o que sejam desgraças. Por isso, penso que dispensamos muito bem mais uma e esta, ainda por cima, de dimensões que nem nos passam pela cabeça. Admitamos que não temos capacidade para um empreendimento desta envergadura. Não nos fica mal admiti-lo. Pior, ficará tentar justificar a incompetência que um dia mais tarde forçosamente dará origem a uma catástrofe, na qual nunca teremos mão. Por muito que nos custe. Hoje que se comemora o Dia da Terra, não me parece que esta monstruosidade seja a melhor prenda que lhe possamos oferecer. Logo a ela, que tudo nos dá de forma incondicional.

Há esquecimentos e… esquecimentos

por migalhas, em 11.08.05
Este, certamente, não é um esquecimento muito comum. E ainda bem, acho eu. Pois não é todos os dias - mesmo com o stresse, o cansaço e o ritmo acelerado das nossas vidas - que nos esquecemos do nosso cônjuge numa estação de serviço e só damos pela sua falta... passadas 6 horas! Ora foi exactamente isso que aconteceu a este senhor oriundo da Macedónia. Em viagem por terras italianas a caminho da sua casa, na Alemanha, e depois de uma breve paragem numa estação de serviço para abastecer o veículo em que seguia na companhia da sua esposa e da filha de 4 anos, este senhor pura e simplesmente voltou ao volante e fez-se de novo à estrada sem sequer averiguar se a bordo se encontrava toda a sua enorme família. É certo que vai ter que contar por muitos anos, mas não é menos certo que muito vai ter de ouvir também. Da sua mulher, entenda-se. Que se viu totalmente esquecida e abandonada, sem dinheiro, nem documentos, enquanto o seu, no mínimo distraído, marido seguia viagem, sabe-se lá se contente da vida. Regressada dos lavabos e estranhando a demora, a pobre senhora tratou de alertar as autoridades que foram dar com o senhor 340 quilómetros mais à frente, calmamente ao volante do seu veículo, convencido de que a mulher seguia no banco de trás junto com a filha, como era costume, segundo afirmou. Daqui se conclui que, pelo sim pelo não, o melhor mesmo é marido e mulher manterem contacto visual ininterrupto durante cada viagem que façam juntos. Pode até ser um pouco cansativo, mas evita danos maiores. É que se a moda pega, até parece que já estou a ver, principalmente nos meses de Julho e Agosto, as estações de serviço de norte a sul de Portugal repletas de mulheres abandonadas, enquanto os incautos maridos se dirigem às praias na tentativa de atraírem as atenções de outras que, quiçá, também por lá terão ficado votadas ao abandono.

Small Time Crooks à brasileira

por migalhas, em 10.08.05
50m.jpgA sucursal de Fortaleza do Banco Central do Brasil foi assaltada este fim-de-semana. Até aqui nada de verdadeiramente novo, se atentarmos a que estamos no Brasil. No entanto, o que faz realmente notícia é o facto de os ladrões terem levado cerca de 150 milhões de reais (qualquer coisa como 52,5 milhões de euros), o que, a confirmar-se, faz deste o maior roubo da história do Brasil.
Para entrar no local, os criminosos cavaram um túnel de cerca de 200 metros de extensão e quatro de profundidade e arrombaram o piso da casa-forte.
«Foram violados cinco "containners" que guardavam cédulas de 50 reais. As notas haviam sido recolhidas pela rede bancária e teriam o seu estado de conservação analisado pelo Departamento do Meio Circulante», informou um comunicado do Banco Central. Após a análise, parte das cédulas seria encaminhada de volta ao sistema financeiro e parte seria incinerada. Segundo o BC, o prédio da casa-forte em Fortaleza está numa área de cerca de 500 metros quadrados e tem paredes de dois metros de espessura, revestidas a cimento e malhas de aço. Como ocorre todos os fins-de-semana, o cofre foi encerrado às 18:00 locais de sexta-feira e reaberto às 08:00 de segunda, altura em que se deu conta do assalto. Supõe-se que se tenha tratado de uma acção perpetrada por um grupo de seis a dez homens, que, previamente, terá alugado uma casa nas proximidades do prédio do Banco, de onde começou a cavar o túnel. Para quem viu o filme de Woody Allen “Small Time Crooks”, encontra aqui claras parecenças. Com a diferença de que estes larápios, não sei se por serem brasileiros, foram bem sucedidos nas suas pretensões, não se tendo ficado pela comercialização de biscoitos. O que não quer dizer que não tenham adoçado a boca. E de que maneira!

Discovery de regresso a casa

por migalhas, em 09.08.05
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O space shuttle Discovery e a sua tripulação de sete astronautas regressaram esta madrugada sãos e salvos a casa. Passavam 11 minutos das cinco da manhã, horas locais, quando a aterragem perfeita se deu na base aérea de Edwards, na Califórnia. Depois de adiada por um dia e hoje ainda transferida para a Califórnia, devido a más condições atmosféricas em Cape Canaveral, na Flórida, a aterragem da Discovery concluiu assim a primeira missão oficial desde o desastre da Columbia, há 2 anos e meio atrás. Com um tempo oficial de precisamente 13 dias, 21 horas, 32 minutos e 48 segundos, período em que protagonizaram 219 órbitas à volta da Terra e percorreram 5.8 milhões de milhas, nave e tripulação voltaram a pisar solo firme, pondo termo ao ambiente de ansiedade de que se rodeou esta missão, ensombrada que estava pelos fantasmas ainda recentes da malograda Columbia. Os sete astronautas descreveram a missão como um teste de voo, a que se juntou uma útil visita à Estação Espacial Internacional. Presente na mente de todos, fica ainda o momento em que se procedeu a algumas reparações no exterior da Discovery, reparações essas que surgiram logo no momento do lançamento, a 26 de Julho, quando algumas placas de protecção da nave se soltaram indo alojar-se na barriga da nave. Aliás, uma reparação sem precedentes na história das missões espaciais, pelo que a sua concretização se revestiu de uma importância, obviamente, acrescida. Uma vez que desta viagem dependia grande parte do futuro do plano espacial Americano, tudo indica que o optimismo agora confirmado se materialize já em breve com novas deslocações ao espaço, quem sabe a bordo do novo veículo espacial de que já se fala. Entretanto, e enquanto este não se concretiza, pelo menos fica a garantia de que a Discovery está bem e recomenda-se.

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