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TUDO É ILUSÃO, DESDE O QUE PENSAMOS QUE PODEMOS AO QUE JULGAMOS QUE TEMOS.

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Dar lugar a outro

por migalhas, em 29.04.05
Amanhã termina o mês de Abril de 2005. Já vos ocorreu que nunca mais, em altura alguma, voltaremos a viver o mês de Abril de 2005? Pois é. Uma realidade que, embora extensível a todos os outros meses, dias, horas, minutos e até segundos, que nunca mais se repetirão, não deixa de ser uma realidade que dá que pensar. O tempo corre e sempre para a frente. Aproxima-se agora o mês de Maio de 2005. E este começa logo com o dia dedicado às responsáveis pela presença de todos nós neste mundo. Refiro-me às mães. A todas as mães deste nosso planeta. Fosse este um sistema matriarcal, como já o foi em tempos que já lá vão, e era dada à mulher toda a importância que ela merece por ser quem é: a única geradora de novas e inebriantes vidas. Geradora do futuro, desse que não pára por ninguém e que avança sempre em frente a um ritmo que nos assombra e entorpece. Maio vem aí. Que nos traga coisas boas e lembranças doces que possamos recordar sempre e para sempre com eterna saudade.

Tiques & Manias

por migalhas, em 27.04.05
Realmente sinto-me indeciso quanto ao que chamar-lhes. Se tiques, se manias, se outra coisa qualquer. Mas a verdade é que são pequenas coisas que diariamente protagonizo e que não consigo deixar de o fazer. Às vezes, a alguma distância de já as ter feito, assumem um papel de perfeitas idiotices, mas vá-se lá dizer isso na hora do aperto. Nem sei se deveria estar aqui a revelar estes meus actos tão íntimos, pois sei que são coisas apenas minhas e que pouco ou nada dirão às outras pessoas. Coisas parvas que vão de simples superstições, como bater 3 vezes na madeira quando vejo um carro funerário, evitar passar debaixo de uma escada, não me cruzar com gatos pretos nos dias 13 de cada mês, a cenas típicas do quotidiano, como largar gases apenas em situações em que me seja possível manter o anonimato, coçar certas partes fora das vistas alheias, não tocar em objecto algum de qualquer casa de banho pública - para isso fazendo-me valer do sempre útil papel higiénico -, tentar apanhar a boleia de alguém que antes de mim abra as portas do centro comercial para não ter de ser eu a fazê-lo, distribuir os objectos por bolsos tendo sempre o cuidado de não misturar o telemóvel com as chaves do carro, tentar ser discreto na hora de mirar um decote ou um rabo de fêmea que por nós tenha passado e nos tenha deixado boquiabertos, atravessar nas passadeiras usando apenas as faixas brancas pintadas no asfalto, fazer mira a pessoas e a outros condutores usando as caganitas que sujam o pára-brisas do carro, parar de cantar as músicas que passam no auto-rádio quando chegamos junto de outro veículo, tentar que algo saia de determinada forma por nós estabelecida sob pretexto de que alguma coisa nos pode acontecer se assim não for, fazer de conta que não vemos quando alguém se aproxima de nós com o intuito de tentar vender algo ou pedir esmola, fazer a barba seguindo sempre a mesma ordem de movimentos, fazer a mijinha da noite às escuras e sentado na sanita, calçar sempre o ténis do pé direito primeiro, não tirar os olhos do relógio até que se concretize mais um minuto, voltar atrás para garantir que a porta do carro ficou fechada, nunca trazer o livro que está no topo da pilha ou aquele produto que se encontra mais à mão, tentar não pisar os traços contínuos quando mudamos de faixa, e tantas outras coisas que de momento não tenho presente para aqui contar. Coisas só minhas, que não consigo evitar fazer seja lá por que razão for. Que nome lhes dar, isso não sei. Se calhar são taras que se apoderam de mim, levando-me a fazer certas figuras que bem podiam ser evitadas. Mas são mais fortes do que nós, como um vício que se apodera da nossa vontade, levando-nos a repetir vezes sem conta cada um desses actos. Também não me parece que os seus efeitos sejam malignos ou prejudiquem quem quer que seja, pelo que me sinto autorizado a continuá-los. De qualquer das formas, só eu é que os conheço, só eu é que os protagonizo. Por isso, também ninguém tem nada a ver com o assunto, verdade?

Civilização

por migalhas, em 20.04.05
Agora compreendo porque Singapura é um país/cidade modelo. Embora sejam muitas as raças que cruzam diariamente cada uma das suas enormes avenidas, não se nota um indício que seja de qualquer espécie de racismo ou discriminação seja por quem for. Todos têm direito à vida, às suas vidas, e ninguém sequer questiona esse que é um dos princípios básicos de todo e qualquer ser humano, mas muitas vezes esquecido em grande parte do mundo, principalmente o ocidental. Se a sua economia serve de exemplo de estudo para muitas nações, já este aspecto deveria seguir-lhe o exemplo. A disciplina é ponto assente, a ordem é para cumprir e não há que discutir. Quem cometer a mais pequena argolada, vai de cana. Literalmente. Fica sujeito a umas quantas vergastadas durante um determinado período de tempo, período após o qual volta à sua vida. As multas são pesadas para quem se atreva a deitar lixo para a rua, cuspir ou mesmo comer pastilhas elásticas. Leram bem, pastilhas elásticas. O civismo patente em todo o lado chega a pasmar a quem a ele não está habituado e discussões estão definitivamente fora de questão. Aliás, levantar a voz é considerado rude e quem o faz perde imediatamente a razão. A boa fé e a confiança em cada um é tal que nem se dedicam a conferir o valor em dinheiro pago pelo cliente por um determinado produto. É claro que pelas suas mentes não passa sequer a ideia de que pode haver quem queira enganar ou tirar partido da situação. Da mesma forma, o troco que dão é invariavelmente certo ao cêntimo, sob a pesada pena da vergonha e do embaraço por tamanho erro. A simpatia também é um “plus” e a disponibilidade para ajudar ou esclarecer uma dúvida que seja corre-lhes no sangue. É claro que por vezes o inglês posto na conversa é de tal forma macarrónico que se torna difícil de descortinar. Mas pelo menos todos falam esta que é a língua mais usada em todo o mundo para manter o contacto entre os povos. Muito mais haveria para dizer, mas bom mesmo é poder avaliar todos estes pormenores “in loco”. Para quem possa, aconselho. Ajuda a compreender que é possível viver em comunidade, em paz, sem receios de criminalidade de qualquer espécie, sem o perigo dos constantes assaltos à mão armada por parte dos nossos próprios governantes, em resumo, ajuda a compreender que é possível viver civilizadamente e com um sorriso estampado no rosto a toda a hora. De forma ordeira e com total respeito pelo espaço de cada um, seja ele preto, branco, amarelo, ou de que raça for. Perante o que vi, vermelhos de vergonha deveríamos ficar todos nós, ocidentais, pela forma como vivemos as nossas vidas. Nós que constantemente reclamamos o estatuto de avançados e modernos, muito temos ainda que aprender e muito caminho percorrer para chegar sequer aos calcanhares deste povo exemplar. Tenhamos nós a humildade de com eles aprender e aí sim, estaremos a evoluir.

Singapura

por migalhas, em 18.04.05
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Eis-me de regresso da minha curta viagem pelo oriente asiático. Como primeira prova, aqui fica uma vista nocturna de Singapura. Cidade modelo que aconselho a todos os que admiram a beleza, os contrastes de culturas, a civilização no seu melhor. Um exemplo para o mundo. A não perder!

Estou de partida

por migalhas, em 08.04.05
É verdade. Estou mesmo de partida. Não em definitivo, descansem, mas pelo período mínimo de uma semana, a próxima, para ser mais assertivo. Durante essa, estarei, ao que tudo indica, a milhares de quilómetros deste nosso pequeno recanto, sete horas diárias adiantado no tempo. Tenho por destino Singapura, um pequeno mas fascinante país do sudeste asiático onde muitas e diferentes raças co-habitam, assim como diferentes são os seus modos, a sua cultura, em resumo, quase tudo a que, nós europeus, estamos habituados. Conto, por isso, trazer muitas e fascinantes novidades, de que, posteriormente, darei conta neste meu cantinho da escrita. Entretanto, e porque não há bela sem senão, espera-me, até lá chegar, uma verdadeira odisseia no que à viagem diz respeito. Só de avião, são mais as horas do que aquelas que é meu costume dormir por noite. E eu até que durmo bastante! Ou pelo menos o recomendado, para uma pessoa da minha idade, altitude e compostura. Vai ser mais uma semaninha sem artigos de qualquer espécie, mas também quando voltar muito hei-de ter para contar. Assim espero. Até lá, fiquem todos muito bem, que eu conto ficar melhor ainda. Usando uma velha e já gasta expressão - que, ainda assim, fica sempre bem - adeus e até ao meu regresso.

Faça-se luz

por migalhas, em 07.04.05
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Era uma vez um velho lampião que todas as noites alumiava aquela esquina que dizia já sua. Tanto tempo por ele passara que quase já não guardava memória de há quantos anos ali se instalara. Todos os fins de tarde fazia-se notado, a partir do momento em que acendia a sua lâmpada e com ela dava outra vida àquela porção de chão que com ela iluminava. Todas as noites via gente nova, novos e velhos, cumprimentava os visitantes habituais e com todos falava, até com os animais. Gatos, cães, pombos, todos o conheciam e com ele trocavam interessantes olhares e diálogos de pasmar. Por aquela esquina dera a sua vida e hoje, também ele já cansado, dedicava mais tempo a contemplar quem passava, a observar os jovens a namoriscar, os velhos a refilar, as varinas a apregoar. Do alto daquele antigo edifício, tinha uma outra panorâmica desta cidade e das suas gentes. Via o que nenhum outro via e guardava histórias que gostaria um dia de contar. Mas a quem, pensava ele. Se os velhos lampiões como ele eram todos os dias substituídos por novos e mais brilhantes candeeiros de rua. Se o tom amarelado da sua luz característica e típica era agora cada vez mais desprezado e em cada esquina por uma luz branca e ofuscante trocado. Não tinha a quem deixar o que vira, o que sentira, o que soubera ou descobrira. Sabia ser uma questão de tempo, até dar lugar a um mais novo e mais moderno do que ele. Restava-lhe a esperança, no entanto, daqueles que viviam um revivalismo onde ele tão bem se integrava. Do círculo que a galope se fechava e, incansável, do velho voltava a fazer novo, num dejà vu que já ninguém espantava. Ao abrigo da sua luminosidade quente, contavam-se infinitas pessoas, animais e acontecimentos mais ou menos banais. Por ele passava uma grande parcela da história que naquela esquina se respirava e que as paredes, as janelas, as portas e as calçadas com ele partilhavam. A ele, cabia a função de as iluminar. De lhes dar forma, sombras, contornos. De para lá da noite as permitir ser. Para na alvorada de um novo dia a outros se darem a conhecer e na intimidade do seu pensar, ajudar cada um a melhor crescer. Parece-nos a nós que é a luz que nos incomoda. Quando, na verdade, o incómodo não recai na luz - a mesma que nos alumia o caminho -, mas sim na forma como a olhamos.

Para onde me levas tu?

por migalhas, em 06.04.05
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Para onde me levas tu, obra humana
Que vives paredes meias com o que a natureza emana?
Sempre a subir, em direcção ao céu?
Ou antes a descer, até bem fundo do meu ser?
Percorro-te cada degrau, sem saber onde vou
À descoberta em cada esquina
De um novo alento, de mais um sinal
Deixo ao instinto a responsabilidade de me guiar
E por ele marco o passo, sem sequer questionar
Podes até a nenhum lado ir dar
Ou nada de novo me mostrar
Mas não será por isso que me verás parar
Ou sequer hesitar
Pois sei que tenho um objectivo
Uma estrada para palmilhar
Essa estrada é vida, é cada dia
É finalmente onde me irei realizar

Vida dura

por migalhas, em 05.04.05
Os dias já estão bem maiores. A diferença é notória e a ela se deve a recente mudança horária. Anda tudo bem mais feliz e contente, pois parece que os dias levam vantagem em relação à noite. O que me deixa preocupado, atendendo à minha condição de ser anormal. Anormal, diga-se, em relação aos demais humanos e aos olhos deles. Pois que eu não me considero como tal. O que realmente faz de mim um ser diferente, para escolher um termo mais simpático, é o facto de eu ser um vampiro e, como tal, imortal. Uma chatice, se querem saber. Principalmente neste período da Primavera/Verão em que a duração dos dias se sobrepõe claramente à das noites. E como é durante o escurinho, ou se quiserem, ao abrigo da intensidade luminosa do sol, que eu sorvo o suco da vida e me passeio alegremente por aí, é natural que fique preocupado pelo número escasso de horas em que posso fazê-lo com tranquilidade. Até porque é sempre aborrecido estar a preparar-me para afinfar uma dentadinha num suculento pescoço de dama, quando entra de rompante nos seus aposentos - não o marido ciumento, isso nunca - mas os primeiros raios desse temível astro rei que vos brinda a vós com a sua luz e calor, mas a mim me atrapalha por via desses mesmos atributos. Obriga-me a adiar o festim e, muitas das vezes, a sair de calças na mão, sem ter sequer tido oportunidade de terminar o servicinho. É desagradável, acreditem. Até já tentei usar uns óculos de sol de marca - que há quem diga que é meio caminho andado para serem realmente bons -, mas nem isso deu qualquer resultado. Por conseguinte, vejo-me obrigado a passar grande parte do tempo naquele mausoléu húmido, cheio de verdete e com um intenso cheiro a bafio, ansioso pela chegada - cada vez mais tardia - da penumbra, que me permita sair para a rua e, por umas escassas horas, tentar saciar este meu incontrolável apetite por sangue de jovens donzelas ainda virgens. E já que falo nelas - nas virgens, entenda-se - aproveito para referir que também neste particular vou tendo cada vez mais dificuldades em me safar. Ainda me lembro de há coisa de um século atrás, para não ir muito mais longe, em que a abundância de donzelas por estrear era de tal modo, que até chegava a aborrecer. Aquilo era cada tiro, cada prato. Mas hoje, 100 míseros anitos depois, vá-se lá encontrar uma jovem com essas, cada vez mais raras, características. Por isso, desenganem-se aqueles que pensam que a vida de vampiro é uma maravilha. Não é. Isso vos garanto. E se ainda tiverem dúvidas, depressa as dissipo com mais este pequeno, mas decisivo, pormenor: não nos é permitido saborear alho. Sim, tal e qual como vêem naquelas produções hollywoodescas de baixo orçamento, em que a nossa classe tem sido tão mal retratada. Agora imaginem um suculento bife - mal passado, em sangue de preferência - sem o imprescindível acompanhamento de um delicioso molho à base de alho. Conseguem imaginar? Pois eu não. E mesmo assim, por cá vou tendo de andar atormentado a cada dia por esse castigo em forma de desejo que, sei-o bem, nunca irei poder satisfazer. Posto isto, tudo isto que aqui vos expus, ainda acham que vida de vampiro é canja? Regresse depressa o Inverno e as suas longas e escuras noites. Ao menos isso.

A verdade da mentira

por migalhas, em 01.04.05
Então não é que hoje logo pela manhã fui presenteado com uma mão cheia de excelentes notícias? É verdade. Dizia-se, de fontes seguras, que a disputa Israel/Palestina pela faixa de Gaza havia finalmente terminado. Quem diria. Ao fim de tantos anos. Mais à frente, ouvi dizer que a Igreja Católica havia finalmente decidido partilhar a sua imensa fortuna com os países mais pobres e necessitados do mundo. Uau! O role de boas novas prosseguia e de entre as demais atentei na que dava conta de que o bom senso se havia finalmente instalado entre todos os países envolvidos em conflitos, havendo da parte de todos o desejo e o compromisso sérios de levar por diante umas tréguas por tempo indeterminado, bem como uma disposição firme de se reunirem e através do diálogo tentarem encontrar uma solução pacífica para cada um dos casos. Até as grandes potências haviam começado uma mega campanha de apoio às vítimas da fome e disponibilizavam todos os seus imensos recursos para combater a miséria e a pobreza que grassa por este nosso mundo fora. Como consequência, os direitos humanos passavam a ser criteriosamente respeitados e alvo de um apertado controlo em todos os cantos do globo. Atitude que gerou da parte da generalidade dos grupos terroristas mundiais a promessa em deporem definitivamente as armas, terminando assim de uma vez por todas com os massacres, os banhos de sangue e a consequente morte de inocentes. Numa outra área, era tido como certo que a classe médica e científica mundial havia chegado finalmente à descoberta da cura para todos os tipos de cancro, para a sida, a malária e todas as enfermidades que são responsáveis por milhares de mortes todos os anos. Os recursos naturais estavam finalmente a ser alvo de uma prioridade nunca antes vista e alternativas viáveis aos mesmos eram apresentadas um pouco por todo o lado. O combate à massiva destruição da nossa camada de ozono passava também a ser uma prioridade a partir de hoje, com pesadas coimas e consequências para quem não acarretasse as novas leis acordadas. Como uma bola de neve que se avolumava a cada segundo, era anunciado igualmente o fim dos testes efectuados em animais pelas mais diversas empresas, bem como terminava a partir desta mesma data a caça selvagem e sem escrúpulos a todas as espécies animais, principalmente aquelas que se encontram em vias claras de extinção. Nem queria acreditar na sequência de eventos que me chegavam aos ouvidos. E tinha razão para isso, como imediatamente constatei. Pois ao olhar para o calendário, algo se iluminou na minha cabeça, despertando-a para a realidade. A verdadeira realidade. Nua e crua, como sempre a conheci. 1 de Abril. O instituído dia das mentiras. Claro, era bom demais para ser verdade. Afinal de contas, nada havia mudado e tudo não passava de tretas inventadas à última da hora para dar algum ênfase ao conceito idiota que está na base deste dia. A desilusão durou pouco, pois também pouco, ou mesmo nada, estou habituado a notícias deste teor. Pois que, por norma, são as desgraças e as grandes catástrofes que povoam os noticiários, fazem as manchetes dos jornais ou fazem disparar as audiências televisivas. E se tal mesmo assim não for suficiente, então apela-se para a curiosidade e coscuvilhice natural deste povo pelo alheio, por via da violação - consentida, diga-se - da vida privada, e desprovida de qualquer interesse, das ditas figuras públicas. Enfim, quem sabe se um dia todas estas mentiras não se irão ainda tornar realidade, pela mão dos nossos filhos. Basta que os guie uma outra forma de pensar, que lhes permita remediar todos os erros que cometemos, tudo aquilo onde falhámos. Espera-os muito trabalho pela frente. Até porque as asneiras que protagonizámos ao longo dos tempos não têm fim, a que acrescem as respectivas consequências de todo imprevisíveis. Estragar é fácil, destruir também. E se o pensamento por que se pauta toda esta corja de gente insensível, despreocupada e indiferente ao próximo, for algo do género “os que vierem a seguir que se orientem”, então nem todos os deuses juntos nos podem valer. Até esse dia, teremos de continuar a viver neste e com este mundo, cuja verdade mais valia que fosse uma grande mentira.